A natureza era a
companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a
humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e
montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta
é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a
veneração que os Celtas tinham pelas árvores.
Como uma
representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento
profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento
à luz.
A Cultura
Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As
regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já
falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve
sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é,
Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante
dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.
Segundo
historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do
sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa
Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão
desde a Espanha à Turquia.
Tomando posse de
quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a
Central (teuts-land, q.s. terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan,
q.s. terra baixa) e a Oriental (pôl-land, q.s. terra alta); tudo o que estava a
Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (q.s. o limite das almas), que ía
do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam
de Tanais e que era baliza para a ross-land (q.s. terra do cavalo = rússia).
Ainda em relação
a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra ask, de
onde a denominação geral asktan dada a vários povos (os mais interessados no
assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por
Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks
ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...
Os Celtas
dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais
recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível
cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que
desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
Desde o domínio
romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de
severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de
informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio
César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte
em defesa de seus princípios.
A bravura dos
Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de
batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade
Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais
em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens
sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.
Os Celtas
transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os
seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus
contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na
generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião,
filosofia, geografia e astronomia.
Relativamente ao
nome BRASIL...Este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da
passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na
antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande"
segundo escritos do estudioso Sérgio Trombelli...
Por outro lado,
sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem
cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de
Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João a el-rei D. Manuel logo após o
"descobrimento" oficial a tal Insulla Brazil...
É possível que,
em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até
nós outros vestígios.
E que influência
tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao
pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram
influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do
Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da
Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens
de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).
Chamo a atenção
para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta
esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico
desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é
pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a
doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.
E, antes dele, já
os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito.
Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da
Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser
lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância
dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a
saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o
tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo
catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...
Os povos Celtas,
em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo
Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a
Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo
norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na
Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura
Portuguesa.
Inglaterra, Escócia e Irlanda
O nome Bretanha
deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que
tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles
próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu
Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa,
conquistando assim, os seus habitantes originais.
A Origem Celta ao
que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora
parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos
seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha
e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram
vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da
sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de
Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e
herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos
ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e
Druidas.
Muitas das
informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e
César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento
acerca da sociedade céltica.
Os cerimoniais
célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão
muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os
exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram
motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O
catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais
satânicos.
Para a Cultura
Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de
cada um havia uma grande cerimônia:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a
Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine,
Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do
fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado
ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de
novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao
Hallowen.
Basicamente a doutrina
céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam
diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam
igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao
aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam
como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer
tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável
pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a
ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras
praticadas.
Mesmo sendo
livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto
existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica
acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma
sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que
elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem
rituais diferentes.
O catolicismo
primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível
apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo,
de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade
isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros
cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo
pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de
Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na
Última Ceia”).
A crença céltica
e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua
libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa
tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas
que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também
conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que
a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos
humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse
antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de
pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto em algumas
cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua
vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a
canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por
desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má
fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente
acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de
rituais sagrados à Deusa Mãe.
Mas, bastaria
isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião
descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior,
responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o
lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a
própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado
feminino, somente não a hebraica.
A Igreja
Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião
essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa
Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja
Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.
Mesmo que o
Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem
praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal,
existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da
Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação
feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos
primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de
Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas
não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Na realidade
Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos
documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca
de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia
isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais
freqüentemente através das mulheres.
Sabe-se que o
papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi
oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio,
entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da
igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo
que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à
influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício
das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher
tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os
Fenícios).
Por isto, e por
outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o
celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.
Existiam as
sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos.
Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da
família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de
produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.
Também a mulher é
mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do
sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem
mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias
nas cerimônias sagradas.
Assim é que o
elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na
mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.
Eis-nos
retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi
através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres,
sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram
essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a
Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz
Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.
Verifica-se que a
Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal.
Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em
determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio
AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no
norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e
na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou
responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do
Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.
Forte, o Oráculo
da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando
Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à
outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias
leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical
mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no
italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma
a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne
significa as-que-não-têm-macho.
Ora, nesta
estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997
falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da
extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997
foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A
pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto -
é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi
feita homenagem a D'Olivet.
Os celtas
entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a
energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam
bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida,
das colheitas e da saúde.
O grande
desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o
envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros
descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu,
dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras,
na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge.
Geralmente pedras
eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções
megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os
descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força
telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas
chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser
controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de
forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar
canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam
aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em
lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais
ideais para suas cerimoniais sagradas.
A realização das
cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver
com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas
precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as
forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e
refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui,
por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos.
Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não
ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham
conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem
a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da
importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o
fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma
eles procediam com relação à "Mãe Terra".
Estabeleciam uma
interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e
também a nível sideral.
É todo esse
conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem
moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em
sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos
antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos
precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o
desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas
de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios
preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade
passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José
Laércio do Egito.
Na realidade a
corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo
desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à
utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia.
Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas
mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que,
por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os
Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns
pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Na realidade não
se pode falar da Cultura Céltica sem se falar da Cultura Druídica, de Ceridwen
e Taliesin, das Sacerdotisas da nossa Ilha de Avalon, do nosso Rei Arthur e a
busca do Santo Graal...